Por: Laísa Rasseli
China reduziu a compra de blocos, enquanto que Estados Unidos compram mais chapas, de alto valor agregado a contramão de outros itens da pauta exportadora do Espírito Santo, as exportações de rochas ornamentais registraram um crescimento de 6% no mês passado, totalizando um montante da ordem de US$ 82,8 milhões contra US$ 79 milhões, registrado no mesmo período de 2014. A expectativa dos exportadores é de que as vendas para o mercado externo fechem estáveis em 2015.
Esse bom momento, segundo explicou a superintendente do Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas), Olívia Tirello, se deve ao aumento da procura por chapas – materiais de alto valor agregado, se comparado aos blocos de pedras – pelos Estados Unidos, México e Canadá. “Os norte-americanos gostam dos materiais exóticos, que são pedras coloridas, com movimentos, e também mais caras”, lembrou.
Apesar desse bom momento, no comparativo do ano (janeiro a outubro), as vendas tiveram uma leve queda de 2,33%, por conta da baixa demanda de blocos pela China, principal comprador no mercado internacional. Até o momento, o setor capixaba exportou US$ 845,3 milhões contra US$ 865,4 milhões, no mesmo período de 2014.
“O Espírito Santo tem conseguido, nos últimos anos, inverter seu perfil de venda no mercado de rochas ornamentais. A previsão é de que as vendas neste ano fiquem no mesmo patamar do ano passado, porém com mais qualidade e valor agregado”, disse.
O ranking de compradores das rochas manufaturadas do Brasil continua sendo liderado pelos Estados Unidos, Canadá e México. Já a pedra em sua forma bruta é exportada, principalmente, para a China, mesmo com o baixo dinamismo da economia do país asiático