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Zico e Zika

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18/02/2016

Quero tanto ter vocês comigo, caros leitores, que vou confessar a estratégia de marketing que utilizei aqui. O título que eu tinha escolhido era “Cygnus olor X Aedes aegypti”. Percebi que muitos, devido ao latim, perderiam a curiosidade de mergulhar no texto, que faria referência ao conflito “Cisne Branco X Mosquito da Dengue”.  

Como a maioria, flamenguista ou não, admira o Zico e suas qualidades como cidadão e atleta impecável, optei pelo trocadilho e a dualidade da sensação de bem de um lado e de preocupação negativa do outro. Ao Zico agradeço pela figuração; na realidade uma homenagem!

Mas a Zika, nome que eu tinha com carinho na minha memória infantil mineira - “os pirulitos da Dona Zica” – transformou-se em pesadelo e distração. O pernilongo com seu ferrão e zunido nos perturba a cada estação chuvosa. Espalhou a dengue e sua febre semanária, sem maiores consequências. Parece que ele gostou de trabalhar nos correios de más notícias e agora vem entregando outras encomendas virais indesejadas. Zika ganhou novo e aterrador significado. 

E os poderosos de plantão, questionados até às vísceras por atos inglórios, aproveitam-se da gravidade da situação para nos distraírem. 
Vejam só: os robôs da foto pertencem a um carro alegórico do desfile de Carnaval do Rio de Janeiro. Autômatos programados e sem alma para executarem tarefas repetitivas e desgastantes. Preferi usá-los na ilustração do que mostrar as revoadas de cisnes brancos a soldo da Marinha, dispostos nas esquinas, nos pontos de ônibus, ao longo das calçadas distribuindo folhetos com toda pompa. De alvíssimas fardas lavadas, passadas e engomadas na véspera, em posição de ataque na batalha campal contra o dragão da Zika. 

Não duvido que tenham outros batalhões perseguindo larvas na calmaria de águas esquecidas. Mas o Centro do Rio estava cheio de gente fantasiada em busca de blocos e batucadas. Os moços e moças,folheteiros ocasionais de alvas fardas, estavam completamente deslocados com suas pranchetas, onde anotavam números de prédios e casas.Dos poucos a quem declarei minha insatisfação,por aquele investimento em quase nada nesses tempos de crise, recebi um consoante sorriso amarelo. Parece que vieram distrair a plateia enquanto ilusionistas continuam fazendo suas mágicas.

“Brasil, esquentai vossos pandeiros / Iluminai os terreiros que nós queremos sambar!” (trecho de Brasil Pandeiro, música de Assis Valente)

Foto: do autor – Carro alegórico do desfile de escolas de samba do Rio de Janeiro / 2016.

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