Qual o tamanho da sua cidade? Não precisa ir ao Google para consultar a população ou a área ou compará-la com as mais conhecidas o país. Quem mora na Zona Leste conhece a Zona Sul? O pessoal de Campo Grande já chegou à Urca para contemplar de perto – longe dos cartões postais – o Pão de Açúcar? O Convento da Penha é uma imagem lá no alto ou você já olhou de cima os caminhos que você percorre diariamente? E a Lagoa da Pampulha está cheia de lama?

Você passa reto pelas avenidas ou, de vez em quando, dobra umas esquinas mudando o traçado do seu dia? Você olha para cima percebendo as fachadas e a história que elas deixam transparecer com datas, estilos ou desgastes?Olha para baixo e vê as calçadas, seus perigos, seus desenhos e sugestões de conquistas de novos espaços?

E as pessoas que passam apressadas ou estão deitadas sobre caixas de papelão nas calçadas? São sua cidade também. Compõem a parte viva. Justificam a existência,a resistência, a insistência e a experiência do convívio com a diversidade. Elas vivem em condições compatíveis com a imagem que você faz ou fazia do seu lugar?

Decretei um domingo de ócio. Vou buscar na minha cidade aquela que ainda não vi. Ali do meu lado e eu não percebi. Já ouvi falar, mas não visitei. A minha cidade cresce a cada dia com os novos trechos que eu vou conquistando. Dificilmente dois de nós teremos como medida as mesmas dimensões. E não vale enciclopédia nem jornais diários devorados a cada manhã!Vamos perambular! Envolver e transformar meros cenários em novos territórios que façam sentido. Ou não!

Vou lá! Fica o convite e um outro texto curto:

Viver cidade

Diversidade

O todo, a parte

A parte no todo

Dissonante em harmonia

Pessoa, casa, rua, bairro – um só olhar

Doar na necessidade

Receber da capacidade

Superar conflitos com diálogo

Destilar nas redes nossas complexidades

Viver cidade:

Cidadania.