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Vulgo Pó Preto

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28/01/2016 - por Paulo César Dutra

Estou usando aqui na abertura do meu artigo, a manifestação no facebook de uma colega de imprensa aqui do Estado do Espírito Santo, no Brasil, quando escreve que “o pó preto que a Vale/Arcelor lança na atmosfera e que vem nos matando aos poucos, voltou hoje (terça-feira) com força total. Nossa tranquilidade durou muito pouco...”

Eu arremato, que só falta poder dos governos (federal, estadual e municipal) para  defenderem o interesse público na área ambiental, contra tanta poluição, principalmente a do pó preto

Tecnologia para resolver e reduzir a poluição existe, mas fica mais fácil gastar dinheiro com a defesa, de que atender as determinações da Justiça! Quando eu era um jovem estudante ginasial (ensino médio da minha época) e morava próximo a ferrovia da Vale, sempre ouvia uma frase constantemente “a Vale gasta um bilhão com advogados, mas não paga mil reais de uma causa”. Tem sentido!
 
O juiz federal Marcus Vinícius Figueiredo de Oliveira Costa, que mandou interditar as operações da Vale e ArcelorMittal no Porto de Tubarão, ao justificar a sua atitude tentando manter a sua decisão escreveu no seu relatório “...a Vale, do alto de sua condição de maior mineradora do Mundo, invoca seu incontrolável poderio econômico para pôr  a sociedade refém de uma escolha binária  entre desenvolvimento econômico e meio ambiente ecologicamente equilibrado ou poluição...” Ou seja, “se correr o bicho pega, se parar o bicho come”.

O juiz foi mais além na sua informação ao relator da liminar impetrada pela Vale. “...a Vale parece olvidar – ou prefere ignorar – que o despejo in natura de minério de ferro no mar, flagrado e filmado pela polícia federal ou a dispersão descontrolada do pó de carvão na atmosfera, ganham contornos ilícitos criminais...” Como já era de se esperar, o argumento do juiz Marcus Costa foi derrubado.
   
O juiz federal convocado Vigdor Teitel, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região - TRF-2, por não morar na Região Metropolitana da Grande Vitória, no Espírito Santo, não sei se por ironia ou por pouco caso com os capixabas foi infeliz na sua colocação ao escrever na liminar que liberou o funcionamento da Vale, “...do "pó preto" (termo que vulgarmente se utiliza em Vitória para as partículas emitidas)...”.  

Ninguém entendeu o porquê dessa colocação do juiz Vigdor Teitel. Se ele não sabe ou seus assessores não perceberam o que ele estava escrevendo, o significado de vulgarmente é forma vulgar, baixa, chula, desprezível, grosseira. Talvez na pressa de Teitel derrubar a decisão do colega, não fez a correção do texto da sua liminar e ofendeu os capixabas da Grande Vitória.

Então, voltei lá na minha juventude e rememorei a frase que “a Vale gasta um bilhão com advogados, mas não paga mil reais de uma causa”. Na sua pressa de, talvez nem ter lido direito o argumento do seu colega sobre o fechamento da Vale, Teitel se convenceu que a questão econômica é mais urgente que a saúde dos moradores da Grande Vitória que são vítimas diária do vulgar pó preto.

 

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