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Descanse Em Paz, Rio Doce

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26/11/2015 - por Paulo César Dutra

           A luta sem trégua pela sobrevivência do Rio Doce agora é uma rotina para os ambientalistas e os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo. Sempre houve muito discurso que a situação do rio era grave, porém na prática ele nunca recebeu atenção especial. Agora o rio padece no seu leito, onde respira com muita dificuldade o oxigênio, que só Deus sabe como chega ao seu pulmão! A sobrevivência dele passou a ser uma questão de honra! A recuperação dele, se houver,  vai ser demorada e dolorosa. E como dizem os especialistas, “vai levar décadas”. 

           O Rio Doce é um rio brasileiro da Região Sudeste do país, que banha os estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Com cerca de 853 quilômetros de extensão, seu curso representa a mais importante bacia hidrográfica totalmente incluída na Região Sudeste. 

             Ele nasce na Serra da Mantiqueira em Minas Gerais e deságua no Oceano Atlântico no litoral do Espírito Santo.

          A formação das cidades e povoados ao longo do Rio Doce, desde o tempo do Império, trouxe a exploração predatória dos recursos naturais, como a extração da madeira e o ciclo do ouro, por exemplo. Mais tarde, no inicio do século passado, a construção da Estrada de Ferro Vitoria-Minas também veio gerar novos danos ambientais, pois passou a transportar minério de ferro extraído das montanhas de Minas, com destino ao exterior.

          O Rio Doce começou a sentir-se cansado no início dos anos 1980, quando começou a perder a sua densidade, a partir do município de Baixo Guandu, no Espírito Santo, por causa da hidroelétrica de Mascarenhas. Com o represamento de sua água, o caminho em direção ao Oceano Atlântico, no Município de Linhares, começou a fica difícil e muito lento. O leito do rio, antes navegável, passou a ser tomado por grandes bancos de areia.

          Em 1983, surgiram os primeiros discursos políticos, sobre a necessidade de se criar um Comitê Misto de Recuperação do Rio Doce entre os estados de Minas e do Espírito Santo. Mas até os dias de hoje, só os discursos, a prática nunca entrou no leito do Rio Doce. Ou seja, o Comitê de Recuperação,  com a promiscuidade das ORTORIDADES, nunca passou de um motivo de “encontro”  de bate-papo, regado sempre, de muitas “moquecas de peixes e crustáceos” da água doce.

       O Rio Doce diante desse quadro começou a definhar doente e foi abandonado no “corredor da morte” do Hospital das ORTORIDADES S.A. E no último dia 5 de novembro, por abandono, ele sofreu um colapso por falta de oxigênio. As feridas, entretanto, foram mais profundas e estão agravando sua memória que não se lembra mais daquele rio que deu muitas vidas e agora, está sendo sacrificado. A Morte do Rio Doce, iniciada no dia 5 de novembro de 2015, será agora uma data de uma perda impossível de ser recuperada. Descanse em paz, Rio Doce.

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