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Banco Central e MPF Ignoram Rombo de R$ 57 Milhões do Banestes

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19/10/2018 - por Paulo César Dutra

 O Banco Central e o Ministério Público Federal nunca abriram e supostamente nem pretendem, investigações para saber quem foram os responsáveis pelo “sumiço”  misterioso dos R$ 57 milhões que foram retirados do cofre do Banco do Estado do Espírito Santo - Banestes em 2007, sem nenhuma garantia legal. O Banestes amarga esse enorme prejuízo sem ter como agir contra a empresa Grupo Infinity Bio-Energy com sede em um ‘paraíso fiscal’, que pegou o dinheiro em sete parcelas na agência do Banestes de Conceição da Barra.

O fato ocorreu em 2007 e no ano seguinte, o Infinity ‘faliu’ e até hoje, não pagou nenhum das sete parcelas ao Banestes. O curioso é que de lá para cá não foi aberto nenhum processo pelas autoridades competentes, neste caso o Banco Central e o Ministério Público Federal – MPF, uma vez que os especialistas jurídicos e econômicos revelaram em suas explanações, em palestras, que ocorreu uma "crime de gestão temerária" que acontece quando há descumprimento de normas de cautela. No caso, o "crime" ocorre quando o banco empresta mais do que deveria a um cliente que não tinha nenhuma garantia para oferecer e tomou riscos que as condições de mercado não aceitariam, colocando em risco o patrimônio de seus clientes. Os R$ 57 milhões hoje representam uma soma vultosa no expediente da dívida ativa do banco.

Toda a transação ‘misteriosa’ foi feita na residência oficial Governo do Estado do Espírito Santo, na Praia da Costa, em Vila Velha, nas presenças do governador Paulo Hartung, do vice-governador Ricardo Ferraço, do Secretário de Planejamento, Guilherme Dias, do presidente da Assembléia Legislativa, Guerino Zanon e do presidente do Infinity, Sérgio Schiller Thompson Flores, que assinaram o documento do ‘empréstimo’.

Na ocasião, Sérgio Flores, ao pedir os R$ 57 milhões para iniciar os trabalhos do Infinity no Norte do Estado, garantiu que o Grupo faria um investimento de mais de R$ 1 bilhão na indústria do etanol, o que garantiria milhares de empregos naquela região. O banco confirmou apenas que os R$ 57 milhões foram levados em sete (7) parcelas de R$ 6.123.565,05; R$ 5.5333.587,17; R$ 5.607.782,78; R$ 5.50.588,67; R$ 5.397.958,70; R$ 13.539.228,61 eR$ 11.941.094,69. Onde o dinheiro foi investido, até hoje ninguém sabe.

Como ocorreu um "crime de gestão temerária", de acordo com informações de especialistas jurídicos no assunto, só o Banco Central e o Ministério Público Federal podem investigar e abrir processo neste caso. A coluna abre espaço aqui para o Banco Central e o Ministério Público Federal, através do e-mail: dutra7099@gmail para que se manifestem neste mesmo espaço, uma vez que o Governo do Estado e o Banestes se negam a fazer qualquer manifestação a respeito do caso.

Na Assembléia Legislativa três deputados, Gilsinho Lopes, Marcelo Santos e Eustáquio de Freitas, em seus pronunciamentos,  confirmaram disse que tem muita ‘gente boa’ envolvida com o calote no Banestes, que permitiram o grupo Infinity pegar R$ 57 milhões, para investir na indústria alcooleira, no distrito de Cristal, no município de Pedro Canário, no Espírito Santo. O Infinity não investiu nenhum tostão , do Banestes no etanol e deixou o Norte do estado totalmente carente de recurso e de emprego.

Um dos três deputados citados acima, em seu pronunciamento, disse “... Senhor Deputado Gildevan Fernandes (que era o líder do governo) sabe muito bem do que estou falando. O grupo Infinity, que foi trazido para este estado por pessoas do estado, já havia dado tombo nos Estados Unidos e tiveram o aval de pessoas influentes dentro do estado...” O discurso na íntegra está no link: www.al.es.gov.br/appdata/anexos_sptl/ata_sessao.../Ordinária_121_19.12.2016.pdf

A esperança das vítimas do golpe do Grupo Infinity no Estado, que foram incentivadas pelo Governo do Estado a plantar cana e vender “fiado” para os golpistas do etanol, é de que o Banco Central e o Ministério Público Federal apurem este caso. "Imprensa e liberdade, jornalismo e consciência são termos de uma só equação. Onde a manifestação da consciência não for independente, não há jornalismo. Onde a imprensa existir, a independência no escrever é irrecusável." (Rui Barbosa).
 

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