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Vítimas Da Guerra Da Secessão Nos EUA Fugiram Para O Brasil

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05/02/2021 - por Paulo César Dutra

Milhares de vítimas da Guerra Civil Norte-Americana de Lincoln (a “Guerra de Secessão”), ocorrida nos Estados Unidos da América – EUA, entre 1860 e 1865, escaparam para o Brasil, entre elas as famílias que escolheram a colônia do Vale do Rio Doce (no município de Linhares), no Estado do Espírito Santo. O grupo que veio para as terras capixabas, teve como principal empreendedora a família do coronel Charles Grandison Gunter. No ano de 1860, teve início nos Estados Unidos da América do Norte a luta a que se chamou "Guerra da Secessão", uma luta civil cujo principal motivo era a escravidão. 

Os americanos estabelecidos ao norte do país desejavam aboli-la, e os do sul, latifundiários do algodão, que demandava muita mão-de-obra escrava, puseram-se naturalmente contra. A guerra durou cinco anos e, no final, venceram os ianques ou nortistas. Os sulistas ficaram inconformados, principalmente porque, quase no fim da guerra, o presidente Lincoln aboliu a escravidão. Muitos desses sulistas, ou confederados, emigraram para países onde a escravidão era ainda permitida. E como o Brasil era um destes, vários vieram ter aqui.

De 2.800 a 3.000 norte-americanos — a maioria do Sul do país (generais, coronéis, soldados e gente comum) — vieram para o Brasil entre 1865 e 1868. Há descendentes dos confederados que vieram para o país, fugindo da violência dos nortistas, em várias cidades brasileiras. A cantora Rita Lee Jones, a cantora é uma das mais conhecidas descendentes de confederados dos Estados Unidos que lutaram contra as tropas de Abraham Lincoln

Eram pessoas que, rejeitando a vitória do Norte do presidente Abraham Lincoln e fugindo dos violentos ajustes de contas, decidiram sair em definitivo do país. A cantora Rita Lee Jones e a ministra aposentada do Supremo Tribunal Federal (STF) Ellen Gracie Northfleet são descendentes de confederados. O sobrenome Lee de Rita é uma homenagem a Robert Lee, o mais importante general sulista. Parentes da mulher do ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, Rosalyn Carter, radicaram-se no Brasil (quando governador da Geórgia, Carter, acompanhado de Rosalyn, visitou Americana, em São Paulo, em 1972). O livro “Os Norte-Americanos (Confederados) do Brasil — Identidades no Contexto Transnacional” do historiador e antropólogo Alcides Fernando Gussi, relata que descendentes de confederados residem ou residiram em Anápolis (um), Goiânia (um) e Rio Verde (dois).
 
Seis colônias no Brasil

Os confederados (e os não confederados) instalaram seis colônias no Brasil, entre 1865 e 1866. A de Santarém, no Pará, foi organizada pelo coronel Lansford Warren Hastings (que era nortista). O reverendo Ballard Dunn, Frank Mac Mullen e James Garton articularam as colônias de Juquiá e Xiririca, no Vale do Ribeira, em São Paulo. A colônia do Vale do Rio Doce, em Linhares, no Espírito Santo, teve como principal empreendedora a família de Gunther. No Paraná foi instalada uma colônia em Paranaguá. A colônia mais bem-sucedida, a de Santa Bárbara d’Oeste, em São Paulo, foi liderada pelo coronel William Hutchinson Norris. Alcides Gussi assinala que os colonos de Santa Bárbara, produtores de algodão e aguardente, tinham mais recursos. “Cerca de 500 famílias chegaram a se estabelecer em Santa Bárbara entre os anos de 1866 e 1868”, escreve o antropólogo.

O número de confederados que vieram para o Brasil, 164 anos depois, ainda é motivo de discórdia entre os pesquisadores. É praticamente consensual que, entre 1865 e 1868, entraram no país de 2.800 a 3.000 norte-americanos. No geral, somando outros anos, a se aceitar o apontamento do historiador Gerald Horne, autor de “O Sul Mais Distante — Os Estados Unidos, o Brasil e o Tráfico de Escravos Africanos”, cerca de 10 mil americanos vieram para o Brasil em decorrência da Guerra Civil Americana (1861-1865), ou Guerra de Secessão entre o Sul e o Norte dos Estados Unidos. Harter menciona 20 mil “mais ou menos”. Horne avalia que se trata de um número superestimado. Cyrus e James Dawsey escrevem: “Estima-se que entre 2 mil e 4 mil pessoas dirigiram-se para o Brasil nos anos seguintes a 1865. Talvez até metade desses emigrantes tenha voltado aos Estados Unidos na primeira década”.
 
Mas por que tantos americanos deixaram a “terra da promissão” em busca de outro lar definitivo? A maioria dos confederados que vieram para o Brasil era pobre, mas alguns tinham recursos, como William Norris, que se instalou em Santa Bárbara e ficou ainda mais rico com a plantação de algodão. Alguns ganharam dinheiro com café. “O Brasil só atraiu dois confederados com a patente de general: Wallace W. Wood, do Mississippi, e A. T. Hawthorne, do Texas”, afirma Harter. Além de alguns coronéis e capitães, vieram vários soldados confederados.

Alcides Gussi explica o motivo da longa escapada dos confederados: “A emigração foi a saída para recuperar o tempo perdido, destruído pela guerra. Constrói-se, então, o mito da reprodução de um modo sulista fora do lugar. […] A escolha dos imigrantes do Sul pelo Brasil foi motivada pela possibilidade de adquirir terras. Os imigrantes vinham com a intenção de serem proprietários de terra”. O antropólogo ressalva: “Nem todos os emigrantes estavam necessariamente vinculados à Guerra e à Confederação, pois os grupos de imigrantes eram bastante heterogêneos, não necessariamente grupos de sulistas e confederados”. Frank P. Goldman, no livro “Os Pioneiros Americanos no Brasil: Educadores, Sacerdotes, Covos e Reis”, anota: “Pelo menos um líder de emigração era nortista (Hasting) e muitos emigrantes não eram sulistas e alguns nem nativos dos Estados Unidos. […] Alguns ricos, mas quase todos eram pobres, ficando mais pobres por causa da viagem”.
 
Harter, descendente de confederados, sustenta que “partir era o único ato de rebeldia contra o ianque conquistador”. O diplomata menciona George Washington Keyes, do Alabama, que, em 1869, escreveu para um amigo que havia ficado nos Estados Unidos: “Abandonei os Estados Unidos por causa da anarquia que haveria de se instalar, da pobreza que já batia às nossas portas e da desmoralização que pensei, e ainda acredito, que cobrirá a terra”.

Robert Norris, que lutou na guerra como confederado, disse a um visitante americano: “Vocês tornaram nossas vidas tão impossíveis nos Estados Unidos que fomos forçados a partir. Fomos bem recebidos aqui no Brasil. Esta, agora, é a nossa pátria e aqui permaneceremos”. Harter acrescenta: “Abandonados sob a ocupação militar e oprimidos pela psicologia da derrota, dominados por uma sensação de culpa e pela devastação econômica causada pela guerra, muitos julgaram não lhes restar outra escolha a não ser partir”. Detalhe curioso relatado por Harter: “Os americanos que partiram para o Brasil fizeram-no como colonizadores”. De algum modo, mas guardadas as proporções, repetiram os ingleses que, escorraçados pela política (e religião) de seu país, “fugiram” para os Estados Unidos com o objetivo de construir uma nova nação.

Desapontamento com a derrota sulista

O ensaio “O contexto da emigração sulista para o Brasil” (publicado no livro “Americans — Imigrantes do Velho Sul no Brasil”, organizado por John C. Dawsey, Cyrus B. Dawsey e James M. Dawsey, Editora Unimep, 324 páginas, tradução de Paulo Wisling), de Cyrus B. Dawsey e James M. Dawsey, afirmam que “o desapontamento em relação ao resultado da Guerra Civil foi a razão principal do movimento” em direção à terra de D. Pedro II. “Questões de honra e orgulho sulistas motivaram grande parte do êxodo.”

Cyrus e James Dawsey informam que “o governo latino-americano que deu o maior apoio [aos confederados] foi o do Brasil, sob o imperador D. Pedro 2º. […] O Brasil tinha sido um forte aliado durante a Guerra Civil, tendo concedido status formal de beligerante à Confederação e dado abrigo e suprimentos a navios sulistas. […] Mas eram oportunidades econômicas, mais do que afinidades culturais, que levaram os fazendeiros sulistas a emigrar para o Brasil. […] Nem todos os que para cá migraram eram plantadores ou fazendeiros. Alfred I. Smith era professor de música e, entre os que viajaram para o país, havia exploradores, maquinistas, lojistas, médicos, dentistas, artesãos e trabalhadores”.

Escravidão não era o foco da colonização

Horne não pensa como Alcides Gussi, Cyrus B. Dawsey, James M. Dawsey e, sobretudo, Harter. Segundo o professor da Universidade de Houston, os confederados vieram para o Brasil motivados pelo “ódio ao governo federal [dos EUA] e desejo de dar prosseguimento à escravidão africana. […] Seu objetivo era usar o Brasil como trampolim para construir um novo império escravocrata”. A tese de Horne, um doutor em história, não encontra eco na literatura especializada. Horne não apresenta dados convincentes que justifiquem sua “teoria”. Apresenta apenas informações aleatórias, mas não uma ideia sólida de que os americanos pretendiam mesmo implantar no país um sistema escravocrata.

Horne destaca que, “perto de Petrópolis”, o capitão James Johnson, da Flórida, “comprou uma grande fazenda com sua quantidade de trabalhadores negros”, quer dizer, “muitos escravos brasileiros”. E acrescenta: “Russell, um proprietário rural de Louisiana, alugou uma fazenda com seus negros por dez anos. […] O major Duncan McIntyre”, que plantava cana-de-açúcar, laranja e café, “comprou a fazenda Ipahiba, com 130 negros”. Portanto, segundo Horne, os confederados pretendiam “dar continuidade a um sistema — a escravidão — que não era legal nos Estados Unidos. […] O Brasil, verdadeiro cobeligerante da CSA [Confederação] durante a Guerra Civil, agora aceitava receber os rebeldes mais retrógrados e rancorosos, junto com algum equipamento militar: teria sido negligência de Washington deixar de ver nisso mais um ato de beligerância”. (Horne apresenta uma informação que não encontrei noutros livros: em “1867, no Rio de Janeiro, um grupo de nortistas atacou e tentou queimar um moinho pertencente a sulistas”. O historiador não apresenta a razão do ataque.)

A tese de Horne é contraposta por Cyrus e James Dawsey: “A maior parte das evidências não confirma a hipótese de que a possibilidade de possuir escravos no Brasil teria sido um fator de persuasão importante para os migrantes. A escravidão ainda era praticada no Brasil em 1865, mas a importação de escravos não era permitida. Essa restrição causou o desapontamento de alguns negros americanos libertos que desejavam acompanhar seus antigos donos para o novo lar, mesmo sabendo que, assim fazendo, fatalmente voltariam à escravidão”.

A dissertação de mestrado de Alcides Gussi também contraria Horne: “A quantidade de escravos adquiridos pelos americanos foi insignificante”. O antropólogo cita Frank P. Goldman: “Somente 20% dos imigrantes adquiriram escravos para trabalhar em suas propriedades em Santa Bárbara”. Alcides Gussi frisa que no “cartório de Santa Bárbara estão listados 49 registros de americanos que compraram escravos no período de 1866 a 1880, totalizando 66 escravos”. Sua conclusão: “A utilização da mão de obra escrava foi bastante reduzida”. Se pretendiam restaurar o sistema escravista sulista, como sustenta Horne, os americanos não fizeram muita coisa prática para torná-lo realidade”.

Harter também contradiz Horne: “Se o desejo de continuar a possuir escravos tivesse sido o único motivo para se emigrar para o Brasil, os sulistas teriam achado muito mais fácil estabelecerem-se em Cuba, distante apenas um dia de viagem da Flórida, do que num país que se localizava a oito mil quilômetros de distância. A escravidão existia em Cuba” (abolida em 1886, dois anos antes da do Brasil). “Era melhor conviver com negros do que com os ianques”, diz Harter.

Horne, embora não examine detidamente as colônias confederadas instaladas no Brasil, é taxativo: “Houve seis assentamentos e todos fracassaram, com uma única exceção, a atual ‘Americana’” (é uma referência à cidade de Americana, que ganhou este nome devido à presença americana na região paulista).  Alcides Gussi conta que, em Santa Bárbara d’Oeste, 41 fazendeiros produziam algodão e cana-de-açúcar. “A economia do algodão sustentou inicialmente os americanos, sendo que os lucros iniciais auferidos foram satisfatórios”, afirma o antropólogo. Alguns colonos, como Joe Whitaker, ficaram ricos vendendo aguardente e melancia. Whitaker trouxe para o Brasil sementes da melancia “cascavel da Geórgia”.

Alcides Gussi diz que uma das razões do “fracasso” dos empreendimentos foi o isolamento dos colonos, que ficaram “afastados de núcleos urbanos”. E o governo brasileiro não implantou a “infraestrutura necessária nas localidades para possibilitar o escoamento da produção agrícola”. O antropólogo ressalta, porém, que o fracasso foi mais “quantitativo” e apresenta vitórias dos confederados em várias áreas da economia.

Em São Paulo, os confederados contribuíram para melhorar as técnicas agrícolas. Alcides Gussi destaca que eles “introduziram uma nova tecnologia de plantio, tais como uso do arado de ferro, as técnicas de manejo de animais e novos meios de transporte, como os semitroles. […] A fabricação do primeiro arado americano em 1868 no Brasil é atribuída a um antepassado da família Steagall”.

Talvez seja possível sugerir que, se as colônias fracassaram, vários colonos (e seus filhos), individualmente, foram vitoriosos nas suas atividades, tanto como fazendeiros e comerciantes como, mais tarde, industriais. O refrigerante Crush é uma invenção do confederado Horace Pyles.

Alcides Gussi relata que os americanos descobriram o Brasil pelos livros. “Entre os anos de 1822 a 1888 foram publicados nos Estados Unidos vinte obras sobre o Brasil. […] O Brasil é descrito como um país com terras abundantes e férteis onde ainda existe a escravidão e, também, há liberdade religiosa”. O governo brasileiro abriu um escritório de colonização em Nova York, em 1868, chefiado por Quintino Bocaiúva.

A colônia no Espírito Santo
 
Para o Espírito Santo veio um grande grupo em 1865, chefiado pelo coronel Charles   Gunter, de Alabama. Celebrou contrato com o Governo do Espírito Santo que o autorizava a medir 20 léguas por 10, de terras nas margens norte e sul do Rio Doce, próximas ao rio Mutum e Guandu. Esta área, como sabemos, pertencia ao município de Linhares. Mas o Coronel fixou-se apenas no "fertilíssimo vale, à beira do lago Juparanã e iniciou seu cultivo com diversos indivíduos de sua terra natal". Quatro anos mais tarde o Ministério da Agricultura manda o engenheiro Virgínio Gama Lobo inspecionar o cumprimento do contrato.

O engenheiro então informa em relatório várias irregularidades. O senhor Charles estava tirando jacarandá, "permitindo que os intrusos se aproveitassem das terras do Estado", e uma das terras que ocupou na lagoa Juparanã fugia completamente aos termos do contrato. Inclusive, o zeloso engenherio nomeia como "intrusos" vários linharenses de renome por aqui na época. Ao final, ele diz que apenas alguns americanos restavam no rio Doce: Brasil Manley Gunter, Augusto Teodoro Adnet e mais três outros.

Ofício da Câmara de 1884 informa que este Adnet era diretor do Aldeamento Indígena de Mutum, e, como já referimos anteriormente, um parente dos Gunter fixou-se em Linhares por bastante tempo.

Não vingou, pois, este núcleo colonial norte-americano em Linhares, ou motivado pela "má direção do empresário" ou por situações outras de adaptação.
 
Nossa vida no Brasil
 
Julia Louisa Hentz Keyes era filha da novelista Caroline Lee Hentz, casada com John Washington Keyes, dentista e combatente veterano da Guerra Civil pelos Estados Confederados da América. O casal, juntamente com seus filhos, emigrou para o Brasil após o término do conflito que cindiu os Estados Unidos da América entre 1861 e 1865.
Convidados pelo coronel Charles Gunter instalaram-se em Linhares, no Espírito Santo, onde permaneceram por quase um ano, entre junho de 1867 e maio de 1868. 

Posteriormente fixaram residência no Rio de Janeiro, de onde retornaram para os Estados Unidos em 1870. São raros os relatos que nos foram legados pelos imigrantes que entraram no Espírito Santo ao longo de quase dois séculos, dos quais se poderia extrair as impressões, visões, sonhos e decepções em terra estrangeira. Além do ponto de vista pessoal do narrador, tais depoimentos serviriam como fontes de pesquisa para se reconstituir momentos importantíssimos da nossa história, conforme podemos verificar na presente obra.

Nossa vida no Brasil (Our life in Brazil), inédito em língua portuguesa, foi publicado originalmente no Alabama, Estados Unidos em 1874. O livro nos traz as impressões de Julia Keyes sobre o período que sua família esteve no Espírito Santo e no Rio de Janeiro logo após a Guerra Civil norte-americana e tornou-se uma das principais referências para o estudo da imigração confederada para o Brasil, bem como obra de relevância ímpar sobre a província capixaba, em especial para a região de Linhares, no final da década de 1860.

A autora fez observações detalhadas sobre as belezas da região, descrevendo com aguçada sensibilidade os distintos panoramas da geografia espírito-santense; a diversidade da fauna, da flora e os encantos da família e dos norte-americanos com a lagoa Juparanã. Ao mesmo tempo a autora registrou alguns aspectos interessantes sobre as relações sociais no Brasil, enfatizando seu estranhamento em torno das diferenças àquelas existentes nos Estados Unidos.

Em Nossa Vida no Brasil se percebe as expectativas do imigrante na busca de uma nova vida em terras inexploradas, que de súbito revelam suas belezas e decepções. É uma fonte indispensável para se conhecer um pouco da colonização do Espírito Santo que se ensaiava às margens do rio Doce nos idos do século XIX.

 

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