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Entrevista Marcos Guerra

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21/09/2015

por: Elimar Cortês

        Otimista com os pés no chão, ele acredita que o Espírito Santo vai se destacar no cenário nacional 
 
        O empresário colatinense Marcos Guerra, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), é um otimista em relação ao Estado e ao Brasil. No entanto, ressalta, que pratica o otimismo dos “pés no chão”. 
 
        “A chegada de novas plantas no interior e a ampliação de nossas principais indústrias geram novas oportunidades de negócio, trazendo diversidade e maior valor agregado para a produção capixaba. Neste sentido, nossa perspectiva é otimista – porém, um otimismo ‘com pés no chão’. Vamos continuar enfrentando dificuldades em 2016, mas o Espírito Santo tem tudo para continuar se destacando no cenário nacional”, acredita Marcos Guerra.
 
        Ele assumiu à Presidência da Findes em 28 de novembro de 2011. Entrou no lugar do empresário Lucas Izoton, que ficou sete anos no cargo. Marcos Guerra é morador de Colatina, na Região Noroeste do Estado, e empresário industrial há 35 anos. Como suplente do ex-senador Gerson Camata, entre 2003 e 2011, chegou a assumir o cargo.
 
Folha Diária – Quando, como e onde surgiu sua primeira empresa? Como estão hoje seus negócios empresariais?

Marcos Guerra – Comecei uma indústria aos 19 anos, em Colatina. Enfrentamos dificuldades, mas buscamos sempre encontrar um diferencial no mercado. Assim como qualquer outro industrial brasileiro, sobrevivemos à inflação e à instabilidade econômica do final dos anos 80 e início dos 90, e enfrentamos com planejamento e inteligência competitiva a crise atual. Sou detalhista, sempre soube reconhecer uma peça com bom acabamento, e busquei diferenciar meus produtos, presentes no mercado nacional e internacional. Hoje, temos um amplo portfólio e nos consolidamos como uma referência de qualidade.
 
Folha Diária – Como está hoje o pólo industrial de Colatina?

Marcos Guerra – A indústria de vestuário de Colatina é uma das mais organizadas do País, com um sindicato forte e marcas de renome, mas a região vem se destacando também pela diversidade industrial, com empresas do setor moveleiro, de cerâmica, de linha branca, de alimentos e bebidas, entre outros. A Região Noroeste tem atraído novos investimentos e mostrado sua força dentro da economia capixaba. A chegada de indústrias de maior valor agregado cria novas oportunidades para a produção de vidros, couro, automóveis, componentes eletrônicos, movimentando a cadeia produtiva e gerando oportunidades de negócio e de renda.
 
Folha Diária Como o senhor avalia a Findes nesse período de sua gestão?

Marcos Guerra – Nossa gestão foi estruturada com 71 ações, organizadas em direcionadores estratégicos. Três deles têm merecido atenção especial e se destacado até mesmo no cenário nacional: os investimentos em educação, o fortalecimento do associativismo e a interiorização do desenvolvimento. Quando cheguei à Presidência da Findes, ouvia muito que apenas 29 municípios do Estado tinham vocação industrial. Quando criamos novas diretorias regionais, ampliamos nossa presença no interior e demos autonomia para que os setores produtivos contribuíssem com a gestão, ficamos surpresos com a imensidão de boas idéias e bons projetos que surgiram.
O Espírito Santo é muito pequeno para ser dividido entre Capital e interior – e nossa gestão mostrou isso. Quando abrimos a Findes para receber as demandas do interior, aceleramos a atração de novos investimentos e o desenvolvimento regional da economia capixaba. Estamos criando novos Centros Integrados Sesi/Senai/IEL em Cachoeiro de Itapemirim e Anchieta, duplicando nosso Centro Integrado da Serra e investimos na modernização das demais unidades. Queremos que o aluno que frequenta as unidades do Sistema Findes seja estimulado a inovar e aprenda com o que há de mais novo no mercado. Só assim prepararemos nossa indústria para o salto de desenvolvimento que está em curso no Espírito Santo.
 
Folha Diária Como a indústria capixaba está sobrevivendo à crise nacional e mundial?  Como o Espírito Santo se encaixa no atual contexto da economia brasileira e mundial?

Marcos Guerra – A indústria capixaba tem uma característica peculiar, porque está muito ligada ao desempenho da indústria extrativa, principalmente às cadeias de minério e de petróleo e gás. Esses setores vêm puxando o desempenho da indústria capixaba, que fechou o mês de julho com crescimento acumulado de 14,9%, o maior do Brasil. Isso, porém, não quer dizer que a indústria está escapando ilesa da crise.
Depois de um ano perdido em 2014, enfrentamos mais um ano de dificuldades, o que exigiu ajustes severos, com “cortes na carne”, como costumo dizer. Outros setores tradicionais, como as indústrias de construção civil, de móveis, de vestuário e de alimentos e bebidas, precisaram diminuir custos para sobreviver à crise. Ao mesmo tempo, novas soluções estão surgindo para movimentar a economia do Estado.
A chegada de novas plantas no interior e a ampliação de nossas principais indústrias geram novas oportunidades de negócio, trazendo diversidade e maior valor agregado para a produção capixaba. Neste sentido, nossa perspectiva é otimista – porém, um otimismo “com pés no chão”. Vamos continuar enfrentando dificuldades em 2016, mas o Espírito Santo tem tudo para continuar se destacando no cenário nacional.
 
Folha Diária – Qual a visão de futuro do senhor para seus próprios empreendimentos, para nosso Estado e o nosso País?

Marcos Guerra – O Brasil vive um momento desafiador, que exige coragem para tomar decisões impopulares e amargas. Não se deve colocar sobre os ombros dos empreendedores – aqueles que geram emprego e garantem o sustento da maior parte dos trabalhadores deste país – todo o peso da conta que precisa ser paga. O Governo Federal deve dar exemplo de austeridade, apertando o cinto para colocar as contas em dia. Nós já estamos vivendo nesta situação há algum tempo, mas a marcha da insensatez que se instalou no País não pode seguir aumentando impostos e custos para corrigir os próprios erros.
A indústria, o comércio e a agricultura precisam de incentivos, não de novos tributos. Nossa economia ainda enfrentará mais um ano de crise antes de começar a se recuperar, mas nós, brasileiros, somos um povo criativo, resistente, que sabe encontrar soluções para as dificuldades que surgem no nosso caminho. O Governo só precisa fazer a parte dele.
 
Folha Diária – Como foi sua experiência como Senador da República? Tem vontade de novamente voltar à política partidária e disputar outra eleição?

Marcos Guerra – Tive a oportunidade de assumir uma cadeira no Senado e me senti honrado pela oportunidade de contribuir com o desenvolvimento do País. A política é um campo vasto e complexo, mas acredito que posso contribuir também como presidente da Findes, trabalhando em parceria com os poderes constituídos e utilizando nossos recursos em prol do crescimento do Estado. Não sou um líder vaidoso, não cultivo vaidades em meu currículo, trabalho apenas para melhorar a qualidade de vida dos capixabas, seja aqui, na Findes, no meu dia a dia, em Colatina, ou atuando na Confederação Nacional da Indústria, em Brasília.

           
 

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