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Fungo em Banana Ameaça Prorrogação de Licença

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01/06/2016

Por: Redação*

O presidente da Cooperativa dos Agricultores Familiares Sul Litorânea do Estado do Espírito Santo (Cafsul), Gustavo Paganini Dadalto, expôs na última terça-feira, em reunião da Comissão de Cooperativismo da Assembleia Legislativa do Espírito Santo - ALES a preocupação dos produtores de banana diante da possibilidade de ser proibida a comercialização da fruta devida a propagação do fundo Sigatoka negra. 

A Instrução Normativa 64 do Ministério da Agricultura, Agropecuária e Abastecimento - MAPA, que garante qualidade da banana capixaba, venceu em abril e já foi prorrogada uma vez. A instrução federal pode ser revogada pela existência e proliferação do fungo Sigatoka negra nas folhas das bananeiras.

Dadalto alegou que os pequenos produtores não têm condições materiais para processar a lavagem do cacho de banana e transportá-lo em embalagem adequada do próprio bananal. São duas exigências da instrução federal que os pequenos produtores do sul do Estado têm dificuldades de cumprir pelas características topográficas da região e pelo tamanho da unidade produtora. 

Ele informou que a construção da casa de embalagem exigida custa mais de R$ 20 mil. Dadalto reivindicou “mais assistência técnica e entendimento da realidade dos pequenos produtores da agricultura familiar do sul do Estado” e a prorrogação da vigência da instrução federal. 

Dificuldades

“Se a norma for suspensa, mais a concorrência dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina pode ser uma tragédia”, disse o deputado Pastor Marcos Mansur (PSDB) presidente da comissão ao referir-se às dificuldades que podem ser enfrentadas pelo produtor capixaba de bananas.

O mesmo pessimismo é demonstrado por Ethério Colnago, presidente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB-ES). Ele destacou que os problemas causados pelo fungo Sigatoka vêm sendo alertados desde 2013. “É preciso entender que não são só agricultores das cooperativas que produzem, mas há milhares de outros que não são cooperados e cultivam a banana. A fiscalização é mais fácil de fazer nas cooperativas, pois elas estão organizadas”, disse. Com a revogação da instrução, diz Colnago, o preço da banana capixaba vai cair.

O Espírito Santo produz 276 mil toneladas ao ano, faturando R$ 268 milhões, e o setor garante 25 mil empregos diretos. Iconha é o primeiro produtor no Estado. O maior comprador da produção capixaba é o Rio de Janeiro.

O superintendente federal de Agricultura do Ministério da Agricultura, Dimmy Santos Barbosa, revelou que a doença está presente, desde 2014, em Pinheiros e Nova Venécia. Segundo Barbosa, o Espírito Santo teve um ano para apresentar um estudo sobre a doença e não o fez. O prazo foi estendido para mais 90 dias, em abril, lembrou. “Qualquer demanda do produtor capixaba apresentada ao Mapa será considerada”, se referindo à iminência de revogação da Instrução Normativa 64.

O secretário de Estado de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca - SEAG, Otaciano Neto, se comprometeu a levar para a Seag as reivindicações dos agricultores como, por exemplo, o tratamento das mudas e de construção das casas de embalagem. 

Sigatoka

O fungo Sigatoka entrou no Brasil em 1998 pelo Estado do Amazonas. Hoje, está presente em quase todos os Estados, menos em Goiás, parte de Minas Gerais, e no Nordeste, com exceção do Maranhão e do litoral sul da Bahia, onde o fungo está presente.

Considerando que há a propagação do fungo no Espírito Santo, em suas principais regiões produtoras - Pinheiros, São Mateus e Linhares - a revogação da instrução federal que exige prevenção e combate ao fungo está preste a acontecer. 

A banana é a segunda fruta mais consumida no mundo, o Brasil é o maior produtor com 28,1% da produção mundial. (com informações a Comunicação da ALES).

Eliezer Batista Ligou A Vale Ao Resto Do Mundo

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