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Espírito Santo: Jorro Do Petróleo, Chama Do Gás E A Faísca Da Energia

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06/05/2022

 Espírito Santo: Jorro Do Petróleo, Chama Do Gás E A Faísca Da Energia

Por Paulo César Dutra*

O Estado Espírito Santo, no Brasil,  deve receber, nos próximos quatro anos, um total de R$ 8,1 bilhões em investimentos para os setores de óleo, gás e energia, até 2025. Entre as empresas que deverão aportar recursos em território  espírito-santense estão Petrobras, Karavan Oil, Shell, PetroRio, Imetame e ES Gás — empresa da qual o Estado é sócio majoritário. Este assunto veio à tona, durante a 3ª Conferência Onshore e Offshore e o Fórum Capixaba de Petróleo, Gás e Energia ocorridos simultaneamente nos dias 26, 27 e 28 de abril, no Centro de Convenções de Vitória. 

A Agência Nacional do Petróleo – ANP informou que a desmobilização de plataformas de petróleo e gás podem criar 9 mil empregos no Estado do Espírito Santo, no Brasil. Segundo dados da ANP, 18 poços de exploração localizados no litoral espírito-santense foram aprovados para passarem pelo processo de descomissionamento. 
 
Petróleo, gás e energia

A projeção é da 5ª edição do Anuário da Indústria do Petróleo e Gás Natural no ES, divulgada no dia 29 de abril pela Federação das Indústrias do Espírito Santo - Findes. O documento reúne os mais importantes dados e análises do setor, além de apresentar uma projeção da produção de óleo e gás até 2025.
 
O estudo indica ainda que o descomissionamento de 680 poços de petróleo no Espírito Santo deve gerar R$ 2,4 bilhões em negócios entre os anos de 2022 e 2026. 

O descomissionamento consiste basicamente em desmobilizar as estruturas que realizavam a exploração do petróleo e fazer a recomposição ambiental do local onde até então era feita a atividade.

O anuário da Findes traz ainda informações como produção de petróleo e gás, número de poços perfurados no estado, detalhamento dos investimentos previstos, arrecadação de royalties e participações especiais, entre outros números.

O documento é produzido pelo Observatório da Indústria, com o apoio do SEBRAE e do Fórum Capixaba de Petróleo, Gás e Energia.

Queda de 2,7%

A produção de petróleo deve cair 2,7% ao ano até 2025. Atualmente, o Espírito Santo é o terceiro maior produtor de petróleo do Brasil, com 8,4% de participação na produção nacional. Além disso, é o quarto do ranking na produção de gás natural, respondendo por 4,9% da produção nacional.

Entretanto, desde 2014, o Estado tem registrado sucessivas quedas da produção nas duas atividades, atingindo, no ano passado, a menor contribuição para a produção nacional nos últimos 12 anos: 7,3% para o petróleo e 4,1% para o gás natural.

De acordo com a economista-chefe da Findes e gerente-executiva do Observatório da Indústria, Marília Silva, a retração da atividade petrolífera está atrelada a alguns fatores como o ambiente internacional menos favorável e o pouco interesse das petroleiras nas áreas de nova fronteira (áreas a serem exploradas) de produção de petróleo e gás.

“Além disso, os campos produtores perderam espaço dentro da carteira de investimentos das grandes petroleiras, sendo mantidos com a produção abaixo da capacidade. Esse panorama, atrelado às fases de declínio natural da produção da maioria dos campos produtores, proporcionou um cenário de queda no nível de atividade do setor no Espírito Santo”, justificou.

Marília explicou que, de acordo com a projeção trazida pelo Anuário da Indústria do Petróleo e Gás Natural no Espírito Santo, esse cenário de queda da produção não deve ser revertido nos próximos anos.

Espera-se que até 2025 a produção de petróleo em mar (offshore) tenha uma queda média anual de 2,7%, alcançando uma produção de 64,4 milhões de barris. Para o gás natural, projeta-se um aumento médio anual de 1,02%, até 2025, alcançando uma produção de 2,1 bilhões de metros cúbicos (m³).

No ambiente onshore (em terra), espera-se que até 2025 a produção de petróleo tenha uma queda média anual de 3,58%, atingindo 2,5 milhões de barris. Em relação ao gás natural, espera-se que o insumo tenha uma queda média anual na produção de 3,62% até 2025, chegando a 21,7 milhões de m³.

“O Anuário nos ajuda a entender as perspectivas para os próximos anos e isso é fundamental para que o poder público, a iniciativa privada e a sociedade planejem o futuro do setor e a forma mais eficiente de aplicação dos recursos gerados a partir desta cadeia produtiva”, destacou a presidente da FINDES, Cris Samorini. 

Desmobilização de plataforma 
 
Com o passar dos anos e o esgotamento na produção de alguns campos de exploração de petróleo e gás no litoral brasileiro, uma prática que vem se tornando muito comum atualmente é o chamado descomissionamento das plataformas. O processo consiste em desmobilizar essas estruturas e fazer a recomposição ambiental do local onde era feita a exploração. Tal processo requer grande know-how das empresas contratadas para esse tipo de serviço e tem sido visto como grande oportunidade para a ampliação dos seus negócios. 

Esse mercado foi debatido no dia 27 de abril, na 3ª Conferência Onshore e Offshore, evento que faz parte da Feira Capixaba de Empresas do Setor de Petróleo, Gás e Energia - FECAPGE). 

O debate sobre esse mercado fez parte do painel "oportunidades para a cadeia de fornecedores", que teve início a partir das 17 horas. O tema foi abordado pelo coordenador da área de Defesa de Interesses da Federação das Indústrias do Espírito Santo - FINDES, Gustavo Nunes.

Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), 18 poços localizados no litoral capixaba foram aprovados para passarem pelo processo de descomissionamento. O coordenador da Findes citou que esses descomissionamentos podem gerar cerca de 9 mil empregos, sendo 1,5 mil diretos e 7,5 mil indiretos.

De acordo com informações da ANP, um poço de exploração tem um tempo de vida útil. Depois disso, é preciso desmobilizá-lo e fazer a recomposição ambiental. Até porque o custo de produção acaba ficando muito alto e é preciso fazer esse descomissionamento. O Espírito Santo é o terceiro maior produtor de petróleo e gás do Brasil e possui algumas estruturas antigas, que precisam ser desmobilizadas.

Em sua participação no evento, Gustavo falou sobre um programa da FINDES, o +Negócios, que tem por objetivo conectar as indústrias demandantes e potenciais fornecedores capixabas, visando gerar novas oportunidades de negócios e parcerias, aproximando as empresas e possibilitando network, principalmente na cadeia de descomissionamento. Nesse painel (Oportunidades para a cadeia de fornecedores
Soluções Sebrae), foram tratadas pela FINDES as oportunidades para as pequenas e médias empresas neste mercado de descomissionamento. 

 

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