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Espírito Santo: O Passado Da Imigração Italiana Agoniza

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15/03/2019 - por Paulo César Dutra


A Hospedaria dos Imigrantes de Vitória, no Estado do Espírito Santo (também conhecida como Hospedaria Pedra D'água) foi inaugurada em 1889, no último ano do governo imperial de Dom Pedro II na localidade de Pedra d'Água, na entrada da baía pertencente ao município de Vila Velha. Em 1924 o edifício foi transformado em penitenciária do Estado, situação que permanece até os dias atuais, com a denominação de Instituto de Reabilitação Social (IRS). Esteve em discussão, dentro do âmbito governamental de Paulo Hartung, uma proposta de transformar o local em um terminal portuário de apoio à crescente produção de petróleo no Estado. 

A imprensa capixaba chegou a noticiar a demolição do edifício histórico (marco zero da chegada dos antepassados de aproximadamente três milhões de cidadãos capixabas). Portanto como Paulo Hartung não concluiu, mais uma de suas promessas de palanque, o edifício histórico não corre o risco de desaparecer por completo com todas as referências da antiga Hospedaria onde milhares de imigrantes fizeram quarentena, antes de seguirem definitivamente para as colônias e antigas fazendas do interior do Espírito Santo.

Entre os anos de 1889 a 1900, período do maior fluxo de imigrantes para o Estado, a hospedaria recebeu mais de 20 mil imigrantes, conforme números extraídos do Projeto Imigrantes Espírito Santo, do Arquivo Público do Estado.
 
Só que agora no Governo do Renato Casagrande (PSB) a imigração italiana em sua maioria, da qual o atual governador é descendente, corre o risco, de vez, de perder toda a sua identidade. A intenção do Casagrande é transformar a hospedaria, mais uma vez, no Instituto de Reabilitação Social – IRS, da Glória, em Vila Velha. O pior de tudo, é que o edifício histórico fica na recepção da entrada de Vitória! Ou seja, quando alguém perguntar a um guia turístico o que é aquilo lá, a resposta será imediata: um presídio. Se o governo capixaba fosse inteligente, não ficaria mais bonita a resposta: é o prédio histórico da hospedaria das imigrações italiana, alemã, pomerana, espanhola, libanesa, suíça, entre outras mais! 

Mas para o governo do Estado é mais bonito dizer que é um presídio onde o executivo vai vender mais de 1,5 mil marmitas por dia! Ou seja, o governo capixaba só pensa em criar mais presídio, que dá mais lucro (não sei para o bolso de quem), mas dá! É um caso em que os poderes constituídos, como exemplos, o Ministério Público do Espírito Santo - MPES e a Assembléia Legislativa do Espírito Santo – ALES, poderiam se manifestar contra, e a sugerir que ali seja transformado o prédio histórico em bibliotecas, arquivos públicos e postos culturais do Espírito Santo. Mas como essas sugestões não podem vender marmitas, não vai dar lucro (para o bolso de ninguém) e com isso, ‘o passado da imigração’ no Espírito Santo está em ‘estado terminal’, por pura ignorância do Governo Capixaba.

Vai um marmitex!!!
 

Eliezer Batista Ligou A Vale Ao Resto Do Mundo

Galgando vários postos ao longo de sua carreira, até ser nomeado presidente da mineradora coube a ele transformar..


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